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Projetos de Turismo de Base Comunitária de São Paulo são apresentados a tocantinenses


Em Ivaporunduva, é possível fazer uma trilha guiada até o bananal orgânico - Adetuc/Governo do Tocantins

O Turismo de Base Comunitária (TBC) tem revelado que é possível trocar os roteiros de massa por vivências que extrapolam o cotidiano dos viajantes, tornando-se experiências únicas. Para conhecer projetos já estabelecidos nesta área e avaliar propostas que poderão ser adotadas no Estado, um grupo tocantinense visitou quatro experiências no interior de São Paulo, entre os dias 9 e 14 de março.


Estiveram no Quilombo Ivaporunduva e nas comunidades Sapatu, Mandira e Pereirinha, na Ilha do Cardoso, representantes das comunidades do Prata, Rio Novo e Barra do Aroeira, localizadas na região do Jalapão, a secretária de Turismo de Santa Tereza, Sinária Maria Matos Jorge, a gerente de Produtos Turísticos, Kleiryanne Aguiar, e a técnica Graziela Cortez, ambas da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc).

A ação faz parte do Projeto de Turismo de Base Comunitária, desenvolvido desde 2019 por meio do Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável do Tocantins (PDRIS), com recursos do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).


O objetivo da viagem foi despertar um novo olhar nos envolvidos nesse projeto, prepará-los para a busca de inovações e aprimoramento dos serviços e produtos oferecidos aos turistas em suas comunidades.


Vivências


Localizado no município de Eldorado, o Quilombo Ivaporunduva recebe cerca de 5 mil visitantes/ano. É a mais antiga das comunidades do Vale do Ribeira e apresenta modelo de gestão bem avançado, com uma associação considerada modelo, com gestão igualitária e descentralizada e cadeira na Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).


Possui uma pousada comunitária com capacidade para receber até 64 pessoas, além de receptivo familiar, e restaurante com capacidade para 200 visitantes. Atua no receptivo de grupos, escolas e pesquisadores. São 500 pessoas trabalhando direta ou indiretamente com turismo.


As representantes da Adetuc enfatizam os avanços da comunidade, que se mantém articulada com as políticas públicas federais e contam com parcerias diversas, de organizações não governamentais a universidades e ainda mais de 50 agências de viagens. Em Ivaporunduva, que conta com certificação na produção de banana orgânica, é possível fazer uma trilha guiada até a plantação e conhecer detalhes sobre este trabalho, ou participar de uma oficina de artesanato com palha de bananeira, com direito a levar para a casa uma peça de autoria própria, entre outras atividades. Os condutores de turismo são qualificados, inclusive com curso de primeiros socorros.

Oficinas de artesanato oferecem uma imersão que vai além da pura aquisição - Adetuc/Governo do Tocantins

Também localizada no Vale do Ribeira, a comunidade quilombola de Sapatu, com 79 famílias, também tem como principal produto de cultivo a banana e se destaca pelas danças tradicionais e o artesanato.


A comunidade Mandira está localizada no Município de Cananéia, onde residem cerca de 25 famílias. O manejo da ostra é a principal atividade econômica, mas o Turismo de Base Comunitária incentiva a produção artesanal e a apicultura. Possui vários atrativos turísticos, como a área de engorda de ostras no mangue, a Cachoeira do Mandira, a Casa de Pedra (ruína de um antigo moinho de arroz), a Igreja de Santo Antônio, o Tráfico de Farinha (casa de preparação de farinha de mandioca com equipamento tradicional).


Construído em 1962, o Parque Estadual Ilha do Cardoso possui mais de 13 mil hectares de área conservada, com controle de visitação e presença de monitores. No local é possível observar um pouco do que resta da Mata Atlântica: manguezais, restingas e floresta densa, além de visitar uma cooperativa de produção de ostras. Apesar de não estar prevista no roteiro original, a comunidade Pereirinha, onde vivem 30 pessoas, foi visitada para que os tocantinenses conhecessem a realidade de uma comunidade caiçara e almoçasse no local.


“A troca de experiências é fundamental ao desenvolvimento de novas habilidades; acreditamos que ao levar as lideranças comunitárias do Jalapão para conhecer a realidade do Turismo de Base Comunitária de outras regiões contribuímos de uma forma mais profunda com o fortalecimento econômico e social, que é a base de todo o planejamento do turismo regional aprovado pelo governador Mauro Carlesse”, pontua o secretário de Indústria, Comércio e Serviços e presidente da Adetuc, Tom Lyra.

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