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“O turismo pode ser um motor da economia tão importante como o agronegócio”, diz ministro do Turismo


Nomeação de Gilson Machado foi publicada na última quinta-feira (10.12) no Diário Oficial da União. Crédito: Roberto Castro/MTur
Nomeação de Gilson Machado foi publicada na última quinta-feira (10.12) no Diário Oficial da União. Crédito: Roberto Castro/MTur

Em entrevista à TV CNN, ministro destacou o potencial da cadeia produtiva do setor de turismo para contribuir com a recuperação econômica do país.


O ministro do Turismo, Gilson Machado, destacou, na noite desta quinta-feira (10.12), a importância do turismo na recuperação da economia e sua vocação para gerar emprego e renda para a população. “O turismo pode ser um motor da economia tão importante como o agronegócio”, declarou Machado durante entrevista à TV CNN, ao se referir aos impactos da pandemia de Covid-19 no país.


A nomeação de Gilson Machado para comandar o Ministério do Turismo ocorreu na última quinta-feira após mais de um ano como diretor-presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). À frente da agência, Machado atuou na promoção do turismo brasileiro no exterior e, mais recentemente, durante a pandemia, na promoção do turismo interno.


Ainda durante a entrevista, o ministro destacou o potencial do Brasil para oferecer as melhores experiências de turismo na natureza, já que é um país continental, com seis biomas com características distintas. Segundo ele, o carro-chefe do retorno das atividades turísticas em todo mundo será o turismo de natureza.


“Somos o único país do mundo que tem seis biomas: Pantanal, Pampa, Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga e o Cerrado. Temos a maior capilaridade hídrica do mundo. Nenhum país se compara ao nosso em quantidade de rios, em quantidade de fauna, em peixe de água salgada, em peixe de água doce. Temos o maior potencial para o turismo náutico”, enumerou. “O Brasil terá ´a recuperação´. Nada será igual ao nosso país na recuperação porque o mundo hoje quer turismo de natureza e, em se tratando de natureza, nada se iguala ao nosso país”, concluiu.


Machado lembrou ainda que o Brasil será sede do primeiro escritório da Organização Mundial do Turismo (OMT) na região das Américas, segundo o secretário-geral da entidade, Zurab Pololikashvili. “Podia ter ido para os Estados Unidos, podia ter ido ao Caribe, podia ter ido na Argentina, mas não, [a OMT] escolheu o Brasil porque sabe do potencial que nós temos”, declarou.


O ministro do Turismo destacou que, diante dos impactos da Covid-19, o Brasil é o “país que tem o maior potencial do mundo para crescimento no período pós-pandemia”. Gilson Machado informou que o setor de turismo já tem dado mostras da recuperação. “O Brasil é um país que emite 11 milhões de turistas para o exterior, praticamente uma Suíça. São turistas de alto poder aquisitivo e este pessoal agora está viajando dentro do Brasil, está conhecendo melhor o Brasil, porque no mundo inteiro hoje tem várias barreiras sanitárias”, complementou.


Durante a entrevista, Machado enumerou as ações já realizadas pelo Ministério do Turismo para socorrer empreendedores do setor e possibilitar a retomada das atividades, de forma segura e responsável. “O nosso governo tem feito ações que mantiveram os empregos. Dos países turísticos, o Brasil foi um dos que tiveram a menor quantidade de perda de empregos. Várias MPs salvaram o emprego, como a flexibilização das relações de trabalho, a MP que conseguiu manter o fluxo de caixa com a campanha ´não cancele, remarque´, e a MP que aportou no Fungetur R$ 5 bilhões na economia para emprestar ao setor do turismo”, finalizou.


E, por fim, fez um apelo às autoridades municipais e estaduais para que não decidam por voltar a fechar as atividades ligadas ao trade do turismo para proteger o emprego de quem tira do turismo o seu sustento. “Eu sei que a Covid-19 é um problema seríssimo, mas o emprego é muito importante também. Temos os protocolos de segurança. Temos os protocolos adotados que estão hoje na vanguarda do mundo”, defendeu. “As prefeituras e os estados têm mecanismos de fiscalizar se estão usando luva, se estão usando álcool em gel... Então, a gente tem que lutar”, finalizou.


Edição: Lívia Nascimento

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