Patrimônio histórico de Chapada da Natividade entra na lista de prioridades da Adetuc
Presidente Hercy Filho discutiu ações com representantes da Prefeitura Municipal, Iphan, CPC/TO e Asccuna.
O município de Chapada da Natividade, distante 210 km de Palmas, carrega consigo importante contribuição histórico-cultural ao Tocantins. Nasceu na terceira década do século 18, com a descoberta de minas de ouro, quando toda a região pertencia a Natividade. Foram os quilombolas que deram impulso à povoação do lugar, ocupando área próxima ao posto de contagem de tributos da Chapada da Natividade, mas a emancipação política e administrativa viria somente 1996. Remanescentes deste período, as Ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Igreja de Nossa Senhora de Santana e o “forninho”, que por décadas foi a única fonte de água da localidade precisam de recuperação.
Em busca de soluções para a preservação do patrimônio de Chapada da Natividade, o presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia (Adetuc), Hercy Filho, recebeu nesta segunda, 6, o prefeito municipal Elio Dionízio, o secretário de Obras, Transportes e Serviços Urbanos, Rodrigo Pinto Nogueira, e a diretora de Cultura Katiane Dionízio de Santana, acompanhados por Simone de Natividade, representante da Associação Comunitária Cultural de Natividade (Asccuna). Também participaram da reunião, a superintendente do Iphan Tocantins, Cejane Pacini Leal, o superintendente estadual da Cultura, Relmivam Milhomem, e a titular da Câmara Setorial do Patrimônio Material do Conselho de Política Cultural do Tocantins, Luciélia de Aquino Ramos.
“Nossa comunidade quer muito manter aquela igreja”, revelou o prefeito, que esteve em Palmas a convite da Adetuc e ressaltou a necessidade de parcerias para o levantamento de custos, contratação de profissionais especializados, orientações técnicas.
“Chapada carece de estudos de inventários específicos para aprofundar a pesquisa”, concordou Cejane Pacini, ao ressaltar a importância dos lugares de memória daquela comunidade e explicar que as ruínas já estão no processo de cadastramento de sítios arqueológicos do Iphan, mas que é necessário um trabalho multidisciplinar. Sobre a igreja, mesmo não tendo jurisdição sobre a mesma, a superintendente sugeriu o escoramento imediato das paredes e telhado.
“Este é o pontapé inicial de um processo que trará vários desdobramentos, vamos nos unir para atingir o objetivo final”, avaliou o presidente da Adetuc, lembrando que é preciso articular com os demais envolvidos, inclusive a Arquidiocese, a comunidade e a empresa de mineração que atua no município. “Temos que buscar mecanismos e parcerias para preservar este importante patrimônio, não podemos deixar nossa história se perder”, completou Hercy Filho, deixando nova reunião pré-agendada para próxima semana.
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